“Histórias de Paixão e de Outros Males” – Porto
Exposição de Pintura “Histórias de Paixão e de Outros Males”
Inauguração: 21 de Janeiro, entre as 15h30 e as 19h.
Em exibição: 21 de Janeiro a 25 de Fevereiro de 2023 – Dias úteis das 09h00 às 19h00.
Local: Espaço Atmosfera M da Associação Mutualista Montepio, Rua Júlio Dinis, 158/160, 5º piso, 4050-318 Porto
+ informações: Atmosfera M – Porto
Daniela Reis apresenta um conjunto de pinturas sob o tema da paixão, entendida enquanto força motriz, criadora, dinâmica.
São trabalhos densos de histórias e corpos cenografados, em espaços intemporais e oníricos que convocam o “feminino” enquanto lugar de gestação, de combate, de questionamento, a relação com o outro e consigo mesmo, as urgências e as solicitações do tempo que partilhamos.
As suas personagens interpelam-nos, convocando-nos a participar das suas narrativas pondo-nos em trânsito entre o real e o imaginário, o comum e o particular.
FOLHA DE SALA
As obras expostas foram realizadas maioritariamente nos últimos dois anos, são respostas temporárias, instáveis, às inquietações e questões que os dias trazem, partilhando o território comum das relações e emoções humanas.
As temáticas aqui apresentadas são transversais ao meu trabalho e surgem na sequência de outras exposições como “A Sombra Domesticada” (Galeria Acervo, 2017, Lisboa, Portugal), “Cocoon” (2017, Essaouira e Rabat, Marrocos),“Nem todo o Corpo é Carne” (India International Center, 2021, Nova Deli, Índia) e o “Silêncio e a Multidão” (Atmosfera M, Montepio Associação Mutualista, 2021, Lisboa, Portugal).
Procuro a figura humana e o corpo enquanto veículo para pensar a relação com o outro e consigo mesmo, vejo o retrato enquanto relação de duplicidade e (des)confiança com o real, de (des)encontro consigo mesmo. Entendo o “feminino” enquanto lugar de gestação, de combate, de questionamento, em permanente mutação.
As personagens vivem em espaços cenografados, imateriais e oníricos ou (des)organizam-se no plano pictórico quase como que coladas umas sobre as outras, convocando diferente momentos e locais. A figura humana, o corpo, a natureza, são cenários onde o confronto e a comunhão têm lugar.
Deseja-se que as histórias presentes nestas telas vagueiem livremente pelo imaginário e se relacionem entre si tal como no seu espaço original do atelier, onde se cruzam, sobrepõe e se criam umas às outras. Propõe-se ao observador que coloque a sua imaginação em trânsito entre o imaginário e o real. Que parta das personagens e situações apresentadas e crie a sua própria narrativa, relacionando personagens e cruzando-as com as suas próprias histórias procurando as (suas) paixões… e outros males.
Daniela Reis, Janeiro 2023